sexta-feira, 29 de julho de 2016

Redor

Não tenho orgulho do que eu sou agora, muito menos sou tão belo quanto tantos outros risos e olhos que estão por ai nessa multidão escondidos atrás de medos e incertezas, tudo aos pouco no meu redor esta morrendo, aos pouco as coisas que chamo de lar e aconchego vão ficando escassas e se vão pra morte e só consigo admirar elas, quando tento senti-las ate o momento de sua partida, queria nunca estar vivo pra sentir o peso de seu adeus e sim ter ido junto.
Meu coração enche de tristeza e gritos que parecem serem ecoados de tão longe além da escuridão do que um dia já foi vivo, causando arrepios e gelando minha espinha, às vezes eu só queria que toda a dor passa-se ao cair de minhas lagrimas, mas nem mesmo isso ajuda e nem mesmo elas existem mais, elas já se foram como tudo aos poucos ao meu redor.
Dói e sinto como um aperto cada sentimento de angustia que flui do meu coração, alimentando e colocando fogo em minhas incertezas aqui dentro da minha mente, fazendo meus dedos serrarem e seus nos brancos de tensão, eu só queria que tudo isso fosse embora comigo de uma vez, cada perda que vejo pelos meus olhos, dói na alma e deixa uma cicatriz em meu coração.