quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Reino

E eles escutaram o meu pedido de ajuda, o meu choro de socorro, meu baque dos joelhos ao ir de encontro ao chão, o flexionar dos meus dedos em desespero, minha boca aberta com o grito que nunca termina e não importa o quanto eu tente grita-lo, as lagrimas que escorrem de meus olhos e minhas palpebrais tentando levar trevas aos meus olhos.
Mas eles vieram, no seu tempo, no seu ritmo e nas suas necessidades, uns sempre estiveram aqui e nunca sairão e outros tive que ir até o  fundo de meu ser e resgata-los pra lembrar  que não devo perde sequer nenhuma parte de mim, nem que seja a mais ruim ou a mais boa, todas tem que estar ao meu lado, todas precisam estar ao meu lado e todas a partir de agora vão estar ao meu  lado custe o sangue que for,  mesmo que saia rios de meus olhos e mesmo que encontre conforto apenas na escuridão.
Depois de perder meu mundo, perder tudo aquilo que fazia meus olhos brilhar, tudo aquilo que  me fazia sorrir, ainda sinto a dor da ferida aberta que sangra, eu me ergo limpando as lagrimas de meus olhos, tiro o pó do meu trono, acaricia o encosto dourado e gélido que desacostumei em sentir, estou  cansado como se estive-se viajado por milhas e sequer saído do lugar.
Agora eu senti e ergo meus olhos vermelhos e molhados sem vergonha de admitir que fui um tolo, acreditei em vão e agora quero que todos paguem da mesma forma que eu sinto essa dor excruciante em meu peito, como essa ferida ainda vai doer e meus guardiões, do meu reino, do meu mundo, da minha sanidade vão me ajudar e proteger.
Eles podem ser apenas personas que crio pra me ajudar a superar meus problemas, podem ser apenas ideias pra me reconfortar, mas são a prova de qualquer um ou qualquer palavras, são eles que convivem comigo desde sempre e estão aqui vendo eu e meu reino crescer e com orgulho eu aceito o que vier até mim, agora o que sair de meu reino, só espero que todos estejam preparados para os meus guardiões.

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