quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Torpor

Belo doce do torpor, bela sensação de leveza, quietude em minha mente se instala e deito no colchão apenas aproveitando pra sentir cada sensação que me proporciona estar vivo, cada momento mais breve da morte, cada beijo dela, cada suspiro dela em minhas orelhas, cada punho fechado e como meu corpo derrete em cima do colchão.
Meus pensamentos não mais são um misturado em um liquidificador, gritando, agitando e gemendo por atenção, eles andam devagar, se organizam e se instalam bem aqui dentro, alguns me amedrontam, alguns eu sorrio pra eles e outros eu sequer sei o que dizer á eles, a não ser apenas ouvir, abaixar a cabeça e esperar pelo inevitável, você quer saber o que eles dizem á meus ouvidos, todos querem, mas nem todos saem daqui inteiro ao ouvi-los, nem mesmo eu consigo sair inteiro depois de conversa com eles, deixo pedaços importantes aqui com eles como um pedágio por pedir seus conselhos.
Ó belo torpor que me faz ter maior controle do barulho aqui dentro, faz tudo ficar mais calmo e mais devagar em minha mente às vezes esqueço que sempre tem de haver um equilíbrio em todas as coisas.

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