sexta-feira, 19 de junho de 2015

Esqueleto

Andando perdido por esse vale da minha mente, aonde encontro todos os meus outros seres, pensamentos, medos, alegrias e terror, encontro esse resto morto, fedido, fincado nessa árvore pelo tempo, pelas eras, eu vejo o resto dos sangues na terra morta, essa árvore com folhas vermelhas e casca de vidro tão sombria como a noite, faz de seus galhos a cama desse meu tão antigo amigo que chamo de ódio.
Meu velho amigo, minha velha metade, meu velho tudo, eu sei que uma hora meu coração vai bater por você, eu sei que meu coração vai sangrar quando você sair dai de novo, eu sei que você vai colocar ao chão cada um que eu pedir, mas agora não é a hora, agora não é o momento certo ainda, agora eu ainda não tenho sua próxima vitima.
Beijo seu crânio e toco seus ossos com afeto porque eu sei que em breve irei usa-lo, sei que em breve vou colocar sua armadura, vou deixar, vou sentir cada pedaço do meu corpo se destruindo enquanto você despeja sua ira, quero sentir cada gota de sangue em meus dedos, quero sentir o oco dos ossos quebrados dos meus inimigos.
Pois então ódio, você terá sua hora, você sempre terá seu lugar~

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